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Dia da Consciência Negra - Confira algumas ações do IFMT para a construção de um futuro sem preconceito

Publicado por: Campus Sorriso / 20 de Novembro de 2022 às 07:00

Com a sanção da Lei 10.639 no ano de 2003, o dia 20 de novembro entrou no calendário escolar como o Dia da Consciência Negra e atualmente, por meio de leis estaduais e municipais, também é considerado feriado em diversas localidades brasileiras, entre elas o Mato Grosso. A data faz alusão à data da morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo que já existiu na América Latina e que já chegou a ter 20 mil habitantes. Os quilombos são comunidades formadas por fugitivos da escravidão ainda durante o período colonial e simbolizam a luta histórica da população negra contra o preconceito e que perdura até os dias atuais.

Debater a importância do tema, combater o racismo e promover a igualdade são algumas das ações pertinentes não somente nesta data, mas em todos os dias do ano assim como a preservação e a valorização da identidade cultural dos diferentes povos e o respeito à diversidade como um todo são etapas necessárias para a construção de um futuro sem preconceito e com uma sociedade mais consciente sobre sua própria realidade. É por isso que o Campus Sorriso mantém, desde 2016, uma comissão que estimula os diálogos sobre essas temáticas e assegura o alinhamento das discussões às políticas públicas existentes: a Comissão para Estudos Sociais das Relações Étnico-raciais, de Gênero e Cidadania.

Uma das diversas ações dessa comissão é a organização do Painel Temático Carolina Maria de Jesus – Um Retrato de Nós, evento anual que, em outubro, teve a sua sexta edição. Neste ano, o Painel apresentou uma mesa de debates sobre a política de cotas no Brasil e no Mato Grosso, que contou com a participação da assistente social Luciana de Lima (mestre em Política Social e doutoranda em Educação), do professor Rinaldo de Almeida (membro do Muxirum Cuiabano – organização que busca fortalecer a identidade cultural cuiabana -, especialista em Relações Raciais e Educação) e da professora Claudia Miranda da Silva Moura Franco (doutoranda em Estudos Literários, e participante do “Coletivo “Negras Mato-grossenses” e da Rede  Mato-Grossense de Formação continuada para a Educação das Relações Étnico-Raciais). Você pode saber mais sobre o Painel Temático na página do evento, seguindo o link: https://eventos.ifmt.edu.br/eventos/364/VICAROLINAMARIADEJESUSSORRISO/

Em outra frente de atuação, a professora de Geografia e contramestra de capoeira Luciana Monteiro de Campos coordena o projeto de Extensão “Cultura Afro: Uma Alternativa à Formação Cidadã”, que leva aulas de capoeira a estudantes de comunidades carentes do município. Para ela, o estímulo à prática de capoeira ajuda a combater o preconceito. “Ao utilizarmos a capoeira como mecanismo de educação, de inserção social, fomentamos o resgate das origens de uma cultura que é nossa, tendo em vista que a capoeira é uma luta genuinamente brasileira, nascida no Brasil, apesar de sofrer influência de lutas e danças africanas. Desta forma, quando promovemos a prática desse esporte, a gente também reforça essa origem cultural, essa herança cultural que é nossa... Há muito tempo a capoeira extrapolou os limites raciais e hoje é praticada não só no Brasil, mas em muitos países mundo afora. Acho que a capoeira extrapola esses limites de raça, de cor, de crença porque ela faz parte da identidade do povo brasileiro”, comenta.

O Projeto de Extensão do IFMT levou aulas de capoeira a crianças atendidas por projetos sociais em Sorriso, como é o caso do Projeto Criança Feliz, que atende 85 crianças com idade entre 6 e 14 anos em um Centro Comunitário na região leste da cidade. No final de outubro, os participantes do projeto participaram de um grande evento, o “Batizado e Troca de Cordas Capoeira Nagô – Festa na Aldeia”. A atividade foi fomentada por edital do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) dentro da categoria “Cultura Popular” e teve como objetivo a difusão e a preservação da capoeira como patrimônio histórico e cultural. Para saber mais sobre o projeto de Extensão “Cultura Afro: Uma Alternativa à Formação Cidadã”, confira no link a seguir uma notícia sobre o início das atividades:  https://srs.ifmt.edu.br/conteudo/noticia/projeto-do-ifmt-leva-aulas-de-capoeira-para-criancas-em-sorriso/.

No acesso a seus cursos regulares, o IFMT também adota a política de reserva de vagas (cotas), por meio da qual destina 60% das vagas de processos seletivos para estudantes egressos de escolas públicas e, dentro dessas vagas reservadas, prevê percentuais destinados prioritariamente para pessoas pretas pardas e indígenas. Essa reserva de vagas é prevista em lei e não retira dos estudantes o direito a concorrer às vagas gerais (a chamada ampla concorrência), por isso acaba sendo uma chance a mais para que estudantes que vêm de escolas públicas possam ingressar nos cursos da instituição. Para saber mais sobre a política de reserva de vagas, siga este link: https://processoseletivo.ifmt.edu.br/conteudo/pagina/aa_resolucoes/ e confira as informações que a Diretoria de Políticas de Ingresso e Seleções (DPIS) do IFMT disponibiliza sobre o assunto. 

 

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