Além das diferenças em sua composição química e biológica, as propriedades físicas do solo também podem variar entre um local e outro, e uma dessas propriedades é a condutividade hidráulica, ou seja, a capacidade de movimentação da água dentro do solo. Essa é uma informação importante para quem trabalha com projetos para sistemas de irrigação, implantação de aterros sanitários e para que o agricultor saiba se o manejo da sua propriedade está favorecendo ou não a entrada de água no solo (evitando, assim, perdas pelas enxurradas).

Para fazer essa medição, os pesquisadores utilizam um instrumento chamado “permeâmetro” que, como o nome sugere, permite medir o volume de água que penetra no solo. O índice resultante, chamado de coeficiente de permeabilidade, é calculado em função do tempo (cm/s ou m/s). 

Pesquisadora da área de Física do Solo, a professora Dra. Ana Paula Encide Olibone, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) Campus Sorriso explica que, de maneira geral, o movimento da água nos solos arenosos é mais rápido quando comparado aos solos argilosos. 

“Mas técnicas como plantio direto, rotação de culturas e sistemas integrados de produção podem melhorar tanto o movimento e armazenamento de água como do ar nos solos agrícolas", acrescenta.

A professora faz parte da equipe do projeto “Educação em solos: aprendizagem através do uso de ferramentas participativas” que, na quinta-feira passada (02/12), disponibilizou no YouTube um passo-a-passo sobre a instalação e utilização do Permeâmetro de Guelph. Você pode conferir o vídeo neste link: https://youtu.be/wgKa4y1Imvk .

Sobre o projeto:

 O projeto “Educação em solos: aprendizagem através do uso de ferramentas participativas” é um trabalho fomentado pelo Edital nº 17/2020 de apoio à Extensão do IFMT Campus Sorriso. 

O coordenador do projeto é o professor Dr. Laerte Gustavo Pivetta. Além dele e da professora Ana Paula, a equipe do projeto também conta o apoio do professor Dr. Dácio Olibone, dos acadêmicos Ana Thebaldi, Gabriel Missio, João Lucas Lopes, Marianitha Duarte e do jornalista Dieison Guisolfi. 

Para a produção do vídeo sobre o permeâmetro, esse time também contou com o apoio dos estudantes Arthur Emiliani e Phillipe de Rezende.

foto: Ana Thebaldi, estudante de Engenharia Agronômica, ao lado do Permeâmetro de Guelph, durante gravação de vídeo sobre o equipamento.