Conciliar trabalho e estudos é um desafio diário para quem busca qualificação. Na reta final de um curso superior, essa rotina se torna ainda mais complicada com os cronogramas definidos para elaboração e defesa do Trabalho de Conclusão de Curso, relatório de estágio, contabilização de horas de atividades acadêmicas, etc. E foi em meio a esse turbilhão de atividades que, meses antes de receber o diploma do curso superior, a estudante Renata Vacaro Moura Alves decidiu assumir um desafio a mais: buscar uma vaga em um curso de mestrado.
Na última sexta-feira(30), durante uma cerimônia virtual transmitida ao vivo pelo YouTube, ela recebeu do reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, prof. Julio César dos Santos, o grau de bacharel em Engenharia Agronômica, cursado na unidade do IFMT no município de Sorriso, já sabendo que a única coisa que falta para seu ingresso no Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais (uma das mais renomadas universidades brasileiras), é o encaminhamento dos documentos exigidos para a matrícula.
Renata é uma entre quatro estudantes brasileiros aprovados para o mestrado na UFLA na linha de pesquisa: Produção e Tecnologia de Sementes pelo Ed. PRPG/UFLA nº 037/2021, cujo resultado final foi homologado no dia 19/07. Ela conta que o desejo por se tornar pesquisadora teve início na graduação, quando recebeu do prof. Laerte Gustavo Pivetta, do IFMT Campus Sorriso, o convite para ser bolsista em um projeto de pesquisa.
“Quando eu fiz o projeto de pesquisa, que eu executei ele em campo, que foi com a cultura do milho, foi uma experiência muito grande para mim. Eu fui para a lavoura! Eu eu fui para a prática! Fui plantar! [...] E foi a partir dali que nasceu a sementinha da pesquisa, dessa área tão dinâmica dentro do mundo acadêmico”, detalha.
Ao longo do curso, os diferentes espaços de aprendizagem e a metodologia do Instituto Federal fizeram a diferença na vida acadêmica de Renata. “O IFMT me trouxe esperança. Foi um instituto que me acolheu e me deu subsídio. Ter a fazenda experimental, ter o campus, uma estufa, um laboratório para usar. Tudo isso é de dar esperança para o aluno. Pra falar ‘Caramba! Aqui eu tenho oportunidade de aprender’!”.
A mais nova engenheira agrônoma formada pelo IFMT, e futura mestranda da UFLA, compartilha uma dica importante com quem está ingressando agora na graduação: “Vocês que estão na graduação precisam absorver dos professores a experiência que os professores tentam passar em sala de aula, em campo, e, ali, você tentar se descobrir. Qual área que eu gosto? Qual que eu me identifico mais? Qual área que talvez eu vou me apaixonar?... Tem que se encontrar.”
